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Como usar IA no marketing musical: cinco principais insights

A IA rapidamente se tornou um dos tópicos mais comentados na indústria da música. Mas, para a maioria das gravadoras, empresários e pequenas equipes, a grande questão não é o que é possível — e sim por onde começar, e como tornar isso realmente útil para o meu trabalho do dia a dia.

Foi exatamente isso que abordamos no nosso mais recente webinar Revelator Industry Insights, com a participação de Justin De Marco — cofundador da GrooveDesk e ex-diretor de Marketing & Estratégia Digital da Red Light Management. Justin liderou campanhas para ODESZA, Duke Dumont, Thirty Seconds to Mars, Mind Against, entre outros.

Em vez de seguir o hype, Justin compartilhou formas práticas para equipes independentes usarem IA para economizar tempo, reduzir tarefas administrativas e criar fluxos de trabalho repetíveis que apoiam a criatividade ao invés de substituí-la.

Confira os principais destaques da sessão.

1. Comece pequeno e evolua

A adoção de IA não precisa significar uma reengenharia completa do seu fluxo de trabalho. O valor está em começar com uma única tarefa repetitiva.

Exemplo do caso de uso do Justin: um projeto de Pitch para DSP no Claude. Ao colar um plano de marketing de lançamento no projeto, ele pôde gerar instantaneamente um pitch pronto para envio — e até uma versão em tabela formatada para a Apple Music. Após dezenas de campanhas, essa pequena automação ainda economiza horas de reescrita manual.

Conclusão: Em vez de encarar o “marketing com IA” como um todo, comece por um fluxo de trabalho que você repete com frequência — pitches para DSPs, legendas ou rascunhos de press releases. Quando funcionar, amplie a partir daí.

2. Automatize o Trabalho Chato (de Formatação)

Grande parte do marketing musical não é criativa — é administrativa. Copiar e colar, reformatar e reapresentar as mesmas informações para diferentes formatos.

Exemplo: o Gerador de Resumos de Projeto de Justin pega uma citação do artista, uma referência sonora e uma breve descrição do lançamento, e produz três resumos impecáveis no estilo de um editor musical.

Outro exemplo: sua equipe usa o n8n para puxar dados do Spotify, Songstats e Google, e então automaticamente formata um relatório de campanha semanal. O que antes levava 1–2 horas agora leva 1–2 minutos.

Conclusão: Se a tarefa for transferir informações de A para B ou formatar os mesmos detalhes de várias maneiras, deixe que a IA ou automação cuide disso. Libere sua equipe para trabalhos criativos e estratégicos.

3. Contexto é tudo

Prompts não são feitiços mágicos. Sem contexto, os resultados da IA são genéricos.

Para uma campanha, Justin criou um hub de contexto para o artista Lou Phelps: transcrições de ligações com o empresário, entrevistas anteriores, biografia, dados de mercado, artistas relacionados e exemplos de planejamentos anteriores. Ao alimentar tudo isso no Claude, o primeiro rascunho do plano de marketing voltou estruturado, específico para o artista e alinhado com a marca.

Conclusão: Trate a IA como um novo integrante da equipe. Dê exemplos, referências e diretrizes de marca. Quanto mais contexto você fornecer, mais útil será o resultado.

4. Experimente ferramentas, não siga modismos

Não existe um único "melhor" modelo. ChatGPT, Claude e Gemini têm seus pontos fortes — mas eles se sobrepõem bastante. O que importa é como você os utiliza e se estão integrados aos seus sistemas existentes.

Justin prefere o Claude para tarefas de escrita natural (propostas, sinopses), enquanto usa GPTs personalizados quando precisa de ações (como consultar a API do Spotify ou enviar dados para o Google Sheets). O aprendizado: escolha a ferramenta que se adapta ao trabalho, e não a manchete.

5. Escolha as ferramentas certas para o trabalho

Nem todas as ferramentas são iguais — mas o mais importante não é o hype, e sim o encaixe.

  • Claude Projects: Ótimo para hubs de campanhas estruturadas (apresentações DSP, modelos de PR, descrições de artistas).
  • Custom GPTs: Úteis para conectar a APIs externas, como uma ferramenta do Spotify que extrai dados de selos de playlists.
  • Zapier / n8n / IFTTT: A cola para automação de fluxos de trabalho, desde relatórios até tarefas de distribuição.

Resumo: Não persiga a "melhor" IA. Escolha o que se encaixa no seu fluxo de trabalho e integra ao modo como sua equipe já trabalha.

Por onde começar: recursos e aprendizado

Se você está pronto para criar seu primeiro fluxo de trabalho, aqui estão alguns lugares gratuitos para começar:

Conclusão

O futuro da IA no marketing musical não é sobre seguir cada nova tendência. Trata-se de usar essas ferramentas para eliminar o excesso, permitindo que as equipes foquem no trabalho criativo e estratégico que realmente impulsiona os artistas. Comece com uma tarefa repetível, adicione contexto aos seus prompts e trate a IA como uma colaboradora — não como uma substituta.

Perdeu a sessão? Assista à gravação completa do webinar aqui: