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Royalties de música explicados para selos independentes

Acompanhar royalties provavelmente não foi o motivo pelo qual você criou sua gravadora. Mas é uma das partes mais importantes do trabalho. Se seus artistas não acreditarem que estão sendo pagos de forma justa, sua capacidade de contratar talentos, expandir catálogos e construir uma reputação vai rapidamente desmoronar.

O maior desafio é que os royalties de música são complicados. A receita vem de várias fontes, cada uma com seus próprios formatos de relatório, prazos e regras. Gravadoras independentes não contam com equipes financeiras ou infraestrutura de grandes gravadoras, o que torna o controle dos pagamentos extremamente difícil.

A boa notícia? Com o sistema certo, royalties não precisam ser um fardo. Vamos explicar de onde vêm os royalties musicais, como funcionam os repartimentos e como garantir pagamentos mais transparentes e precisos para seus artistas.

Os royalties que você precisa acompanhar (lado da gravação)

Gravadoras independentes normalmente focam nos royalties do lado da gravação. Algumas gravadoras também possuem ou administram direitos autorais de edição, sendo responsáveis tanto pela composição quanto pelo master. Para a maioria das indies, porém, é no lado da gravação que acontece o trabalho diário de royalties.

Streaming e downloads

O streaming é a espinha dorsal da receita de uma gravadora. DSPs como Spotify e Apple Music pagam royalties com base em reproduções, mas a forma de cálculo varia. A maioria usa um modelo pró-rata (um sistema pool onde os maiores artistas ficam com a maior fatia). Outros, como o SoundCloud, estão testando modelos centrados no usuário, onde a assinatura de cada ouvinte é dividida apenas entre os artistas que ele ouve.

As receitas vêm de duas fontes: assinaturas (mensalidades) e publicidade (faixas gratuitas). Ambas alimentam o pool geral antes de serem divididas entre os titulares de direitos de gravação, editoras e as próprias plataformas.

Sync

Colocações em sync (TV, anúncios, filmes, games) podem transformar a carreira de um artista da noite para o dia. A colocação normalmente é um pagamento único, mas a exposição também pode impulsionar streams, vendas e conquistar novos fãs.

Direitos de execução pública e direitos conexos

Cada vez que suas gravações tocam em uma academia, um bar ou no rádio, elas geram royalties. Esses valores são coletados por organizações de direitos conexos.

Na maior parte da Europa e em muitos outros mercados, rádios terrestres pagam tanto intérpretes quanto titulares dos masters. - Nos EUA, a partir de meados de 2025, rádios terrestres (AM/FM) ainda não pagam royalties de execução pública de gravações — gravadoras e artistas não recebem dessas transmissões. Isso pode mudar se o American Music Fairness Act for aprovado. - Para serviços digitais não interativos nos EUA (como o modo de rádio do Pandora e SiriusXM), os royalties dos masters são coletados e pagos pela SoundExchange.

Físico

Os formatos físicos estão voltando com força, especialmente o vinil. Nos EUA, a receita com vinil cresceu cerca de 7% em 2024, chegando a ~US$1,4 bilhão, representando quase três quartos de toda receita de formatos físicos. Se você fabrica discos ou CDs, lembre-se de que os royalties geralmente são calculados sobre o recebimento líquido — depois de deduzidos os custos de fabricação, distribuição e varejo.

Contratos definem o fluxo

Antes de pensar em relatórios, você precisa estar claro sobre quem recebe o quê e com que frequência. Os acordos entre detentores de direitos determinam como os royalties são distribuídos:

Acordos de divisão de lucros

Gravadora e artista dividem os lucros líquidos após os custos.

Exemplo: Uma banda assina um acordo de divisão de lucros de 50/50. Após os custos, o EP deles gera £26.000 em seis meses. A gravadora paga £13.000 para a banda e fica com £13.000.

Acordos de royalties

O artista recebe uma porcentagem da receita. O detalhe? Os custos são deduzidos antes. Uma taxa de royalty de 20% não significa muito se £30.000 em despesas forem recuperadas antes dos pagamentos, e na maioria dos contratos de royalties, o adiantamento só é recuperado na taxa de royalty.

Produtores

Eles podem cobrar uma taxa fixa ou receber de 1 a 5% dos royalties (às vezes 20% da parte do artista). A maioria das taxas de produção é recuperável a partir da porcentagem destinada ao produtor ou engenheiro de mixagem.

Adiantamentos

Adiantamentos dão dinheiro antecipado ao artista, mas são recuperáveis. Um contrato de gravação normalmente estipula para que o adiantamento deve ser usado e se parte dele será destinada a A&R, marketing ou jurídico. Se uma banda independente assina um adiantamento de £10.000 e ganha £7.000 no primeiro ano, eles não receberão nova renda até que o adiantamento seja totalmente quitado.

Direitos Mecânicos: O Que as Gravadoras Precisam Saber

Os direitos mecânicos são devidos quando uma música é reproduzida, física ou digitalmente. Para a maioria das plataformas de streaming nos EUA, os DSPs pagam diretamente ao The MLC, que então repassa os valores aos editores e compositores. As gravadoras geralmente não participam desse fluxo, a menos que também sejam donas da edição. No entanto, as gravadoras são responsáveis pelos direitos mecânicos em certos casos, como downloads permanentes que não estão cobertos pela licença geral, ou se venderem downloads diretamente.

Versões cover sempre exigem uma licença mecânica adequada. Para simplificar esse processo, as gravadoras que usam o Revelator podem acessar a Easy Song Licensing diretamente pelo Revelator Marketplace — um parceiro que auxilia na obtenção das licenças necessárias de forma rápida e em conformidade.

O Desafio dos Dados

Aí é que as coisas se complicam. Cada DSP, distribuidora e sociedade de arrecadação possui seus próprios relatórios, com colunas e códigos diferentes.

A maioria dos DSPs não paga as gravadoras diretamente. As receitas normalmente passam por parceiros de distribuição ou de licenciamento como a Merlin. Cada parceiro usa formatos de relatório distintos, adicionando mais uma camada de complexidade.

Isso resulta em bilhões de linhas de dados quando você gerencia múltiplos artistas e lançamentos.

Planilhas até podem suportar alguns lançamentos, mas não em grande escala.

Melhores práticas para selos independentes

Royalties não precisam ser complicados se você adotar bons hábitos desde cedo. Algumas regras simples fazem toda a diferença:

  • Combine os splits antes do lançamento. Evite disputas acertando isso desde o início.
  • Mantenha a metadata organizada. ISRCs, UPCs e créditos são fundamentais para pagamentos precisos.
  • Centralize contratos e dados de pagamento. Uma fonte única de informações evita longos vai-e-vens.
  • Siga um cronograma regular de pagamentos. Trimestral funciona bem para a maioria dos selos.
  • Seja transparente. Relatórios claros fortalecem a confiança com seus artistas.

Na prática, a forma mais fácil de seguir esses hábitos é manter tudo no mesmo lugar. Com a Revelator, royalties, contratos e splits ficam todos em um sistema centralizado. Depois que os termos estão definidos, os pagamentos são aplicados automaticamente nas próximas execuções — sem aprovações manuais, sem precisar correr atrás de colaboradores. Artistas e colaboradores podem acessar o portal deles para visualizar relatórios e receber pagamentos diretamente, mantendo tudo transparente e organizado.

Escolhendo a plataforma certa

Boas práticas são uma ótima base, mas não escalam sozinhas. Se o seu processo de royalties está preso em planilhas e verificações manuais, você vai acabar encontrando limites. À medida que os catálogos crescem, a administração cresce ainda mais rápido — e é aí que o sistema certo faz toda a diferença.

O Revelator foi desenvolvido para selos que querem eliminar o trabalho dos royalties e garantir que os artistas estejam confiantes de que estão sendo pagos de forma justa. Com o Revelator, você pode:

  • Definir contratos e divisões uma única vez e saber que eles serão aplicados automaticamente em todas as execuções futuras.
  • Gerar extratos de royalties em minutos, não semanas.
  • Dar aos artistas um portal próprio para ver ganhos e extratos em tempo real.
  • Pagar artistas no mundo inteiro com pagamentos integrados e em conformidade.
  • Obter clareza com detalhamentos detalhados por DSP, território, artista ou lançamento.

Em vez de gastar seu tempo mergulhado em planilhas, você pode crescer com confiança — sabendo que cada colaborador está sendo pago corretamente, com transparência e no prazo.

Por que isso é importante para sua gravadora

Pagar royalties não é apenas uma tarefa operacional. É a base da confiança entre você e seus artistas. Quando os artistas sabem que estão recebendo de forma justa e no prazo, todo o resto — assinar novos talentos, expandir seu catálogo, construir sua reputação — fica mais fácil.

Com as ferramentas certas, você pode sair do emaranhado administrativo e colocar o foco de volta onde ele deve estar: ajudar seus artistas a crescer e sua gravadora a prosperar.